A PIPA

 

Campo aberto. Nem parece estar em cidade. Sem asfalto, poste e fio.

A relva verde banhada pela chuva.

Um garoto de camisa xadrez e o calção preso pelo meio suspensório, uma rajada de vento, depois outra e mais outra.

Numa lufada mais violenta embarcam. Manobra de mestre, lança a arraia e lá vai ela...

Menina faceira, verde e rosa, toda Mangueira, dança samba do céu azul.

Com cauda de trapo acena para o mundo e vive a liberdade presa por um fio.

O moleque de camisa xadrez, lhe dá linha , mais e mais....

Ele é dono da pipa e não usa CEROL.

A LUPA

Enxerga o dicionário através da lupa. As palavras engrandecidas e claras vem gorduchas encher o altar de seus  conhecimentos.

Então, uma nova estrada de esperança, para olhos cansados, se abre para o mundo infindável do conhecimento

MOINHOS DE VENTO

O vinho e a febre controlam a mente, e fazem emergir uma arte em garatujas, que um lápis frenético impõe a um papel imaculado e paciente, enquanto crianças cirandam na rua deserta e ventos rodam moinhos.