terça-feira, 8 de janeiro de 2013

DESABAFO DE UMA ABÓBORA



Puta que pariu! Puta que pariu, mesmo! Só falando assim! Mais ou menos desde 1810  que não consigo ter meu destino natural.
Mas qual é seu destino natural?
Virar uma compota, ou mesmo um doce macio por dentro e durinho por fora, aquele da cal, sabe? Ou mesmo um quibebe gostoso acompanhando um moreno, o feijão preto,  com arroz , couve e banana... Mas não. Para mim sobrou viver num círculo vicioso: Virar carruagem , virar abóbora de novo depois da meia noite, virar abóbora para virar carruagem e assim por diante...
Não sei mesmo, porque esta tal de fada madrinha não foi a um ferro velho recauchutar alguma carruagem que por lá estivesse.
 Não, tinha que ser uma abóbora! E ainda por cima com ratos encantados em cavalos a me puxar, ora pois!
Eu madurinha de tudo, no ponto, colorida e forte, poderia ter feito minha viagem dos sonhos, ainda que fosse a última, a um entreposto em cidade grande, ou ir parar nas mãos de um chef de cuisine( isto se eu fosse uma abóbora afortunada, neh!)
Não, mas estou mesmo é debaixo de um feitiço daqueles que costuram a boca do sapo, condenada eternamente a virar carruagem!
Outro dia, no estacionamento de uma destas histórias bestas me sugeriram que colocasse um anuncio num blog qualquer.
Vou tentar , afinal se eu encontrar algum ou alguém que esteja disposto a carregar esta tal de Cinderela por mais alguns séculos...
Usar de criatividade e empregar este tal de marketing, quem sabe... Qualquer coisa como:

“ABÓBORA MORANGA, BONITA E NO PONTO, PROCURA URGENTE CANDIDATO(A) QUE QUEIRA OCUPAR SEU POSTO DE VIRAR CARRUAGEM DE GATA BORRALHEIRA”.

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